Para a vereadora Mariana Conti, presidente da Comissão, com a pandemia, tem aumentado casos de violência doméstica e mesmo de feminicídio

Comissao Mulher 15 09Foto: Diretoria de Comunicação Institucional da Câmara

(*Texto produzido pelo Gabinete da vereadora Mariana Conti e divulgado pela Diretoria de Comunicação da Câmara)
A Comissão Permanente da Mulher, presidida pela vereadora Mariana Conti (PSOL), se reúne nesta quinta feira (16/09), às 14 horas no Plenário “José Maria Matosinho”, para debater os desafios para o enfrentamento à violência contra as mulheres em Campinas. O encontro contará com a presença de representantes da prefeitura e de outros equipamentos públicos. A TV Câmara transmite a reunião ao vivo com retransmissão pelas redes sociais do Legislativo.

De acordo com a parlamentar, a necessidade de políticas públicas para esse enfrentamento não é um problema novo. Como resultado de muita luta e organização das mulheres, alguns marcos mínimos para um enfrentamento organizado a esta realidade foram conquistados, como por exemplo a Lei Maria da Penha, a tipificação do feminicídio entre outras questões.

Porém, segundo ela, as políticas já conquistadas precisam ser defendidas constantemente com mobilizações, seja pela garantia das suas efetivações na realidade cotidiana das mulheres, seja pela garantia de mais equipamentos públicos e investimentos ou até mesmo contra retrocessos propostos por agrupamentos conservadores, que exaltam o machismo enraizado na sociedade e legitimam a realidade de violência vivida pelas mulheres.

Para o mandato da vereadora, hoje vivemos um novo momento com as consequências da pandemia, com o aprofundamento da crise econômica e social que tem empurrado cada dia mais as mulheres para a invisibilidade e vulnerabilidade, uma realidade ainda mais suscetível à violência. Não é à toa, portanto, que tem se multiplicado os casos de violência doméstica, abuso de crianças e adolescentes e mesmo feminicídio.

Assim, ela afirma que mulheres estão encurraladas com seus algozes. Diante desta realidade se faz ainda mais urgente o fortalecimento de políticas e equipamentos públicos que visem dar apoio e suporte para as mulheres conseguirem romper com uma situação de violência.

“No período da pandemia a realidade foi que muitas mulheres acabaram literalmente presas no ambiente doméstico junto com seus agressores, foram empurradas para fora do mundo do trabalho e consumidas pelos cuidados com os filhos, parentes adoentados e com o lar, uma realidade que dificulta ainda mais a ruptura com o ciclo de violência. Todos os estudiosos do tema falam de um crescimento da violência de gênero durante a pandemia, ainda não temos a real dimensão do problema devido a subnotificação, mas a resposta em políticas públicas é urgente, precisamos salvar a vida das mulheres” comenta Mariana Conti.

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