Manifestação "Fora Bolsonaro" será realizada junto com Grito dos Excluídos, tradicional ato público organizado pelas pastorais sociais

Cartaz Grito 02 09Imagem: Divulgação | página do Grito dos Excluídos-Campinas

(Texto atualizado em 03/09/2021, 16h, para alterar o local da manifestação, que passou a ser Largo do Pará, em vez de Largo do Rosário como tinha sido informado antes)
O movimento Fora Bolsonaro, formado por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos, juntou-se ao 27º Grito dos Excluídos para realizar uma só manifestação, na próxima terça-feira, 07 de setembro, a partir das 9 horas, no Largo do Pará.

O Grito dos Excluídos é promovido, desde 1995, pela Pastoral Social da Igreja Católica, contando com a parceria das outras Igrejas do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), assim como de movimentos sociais, entidades e organizações populares em todo o País.

Já o movimento Fora Bolsonaro vem realizando manifestações (29/05, 19/06, 03/07 e 24/07) puxadas por entidades sindicais (centrais, sindicatos e oposições sindicais), organizações populares (grupos, coletivos, frentes, fóruns, movimentos) e partidos políticos. Para o dia 7 de setembro, o "Mapa dos atos" criado pelo site da CUT registra nesta quinta-feira, 02/09, a confirmação de 133 manifestações.

De acordo com a Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos, o Grito de 2021 tem como tema "Vida em primeiro lugar" e como lema "Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!". A Carta de Orientações divulgada pela Coordenação no último domingo, 29/08, conclama a todos para soltar "seus gritos de denúncia e de anúncio de um projeto de país mais justo e igualitário, na defesa da dignidade da vida em primeiro lugar".

Também na linha da denúncia e do anúncio, o manifesto assinado por 10 centrais sindicais e divulgado na segunda-feira, 30/08, diz que o "Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua história desde a declaração de independência, em 7 de setembro de 1822".

Citando "os quase 15 milhões de desempregados, 6 milhões de desalentados, outros 6 milhões de inativos que precisam de um emprego e mais 7 milhões ocupados de forma precária", junto com a inflação alta, carestia e fuga de investimentos, o documento convoca a população para lutar por "um Brasil que quer seguir como uma nação, democrática, plural, terra de direitos, capaz de pavimentar um futuro de liberdade, soberania, justiça social e cidadania para todos".

O manifesto é assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Central da Classe Trabalhadora (Intersindical), Central do Servidor (Pública) e Intersindical Instrumento de Luta.

Motivos para gritar
A Carta de Orientações da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos apresenta uma lista de 10 motivos para gritar no dia 7 de setembro, veja a seguir:

>>> "As quase 580 mil mortes pela COVID-19, muitas das quais poderiam ter sido evitadas;

>>> "A corrupção na negociação de compra e distribuição das vacinas contra a COVID-19 (CPI);

>>> "O desmonte da saúde pública (SUS);

>>> "A carestia e a fome que voltaram com tudo e assolam as camadas empobrecidas da população;

>>> "O desemprego;

>>> "O desvio do dinheiro público, através do orçamento federal, para o pagamento de juros da dívida pública, ao invés de investir em políticas sociais;

>>> "A falta de moradia, que se agrava com os despejos criminosos;

>>> "A não demarcação das terras indígenas e o grito profético dos povos indígenas dizendo “Não ao Marco temporal”;

>>> "A denúncia contra o tratamento dado aos povos em situação de rua, sejam de qualquer origem, migrantes e refugiados ou deslocados internos, que lutam e resistem por dignidade e cidadania universal no Brasil;

>>> "A cultura do ódio disseminada pelo governo federal e seus aliados que ataca e retira os direitos humanos de mulheres, LGBTQIA+, negros/as, dos povos originários – Indígenas e Quilombolas, das pessoas portadoras de deficiência, do/as trabalhadores/as, dos setores excluídos da sociedade".

Leia o documento completo da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos: Carta de Orientações

Leia o texto completo do manifesto das centrais sindicais: Resgatar o Brasil para os brasileiros

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