Minuto de silêncio, palmas para as famílias e pedidos de punição para responsáveis pelas mortes se somaram ao grito de "Fora Bolsonaro"

Ato 24 07 Cut CampinasFoto: página da Cut Campinas

A quarta manifestação pela vida e pelo impeachment de Bolsonaro, realizada na manhã deste sábado, 24/07, parou novamente o centro de Campinas. Protestos relacionados com a pandemia e a situação do País também aconteceram na cidade nos dias 29 de maio, 19 de junho e três de julho, mas nos dois atos do mês de julho foi acrescentado o grito contra a corrupção.

Participantes de entidades sindicais e estudantis, partidos políticos, associações, coletivos, grupos e movimentos sociais, assim como familiares de pessoas vítimas da Covid e outras pessoas da população em geral começaram a se reunir no Largo do Rosário por volta das 10 horas. Ali mesmo na praça discursaram algumas lideranças e, antes de a passeata sair pela Avenida Francisco Glicério, veio o pedido de um minuto de silêncio pelas pessoas mortas pela Covid e de uma salva de palmas para as famílias das vítimas.

"A gente está aqui hoje porque não aguenta mais ver gente morrer", disse a representante da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, lembrando que a defesa da vida está em primeiro lugar na palavra de ordem lançada pelos/as estudantes: "Vida, pão, vacina, educação". Da mesma forma, o representante do Acampamento Marielle Vive (MST) falou da necessidade de colocar um fim no que chamou de política de morte: "nós somos aqueles que, acima de tudo, defendemos a vida, e é por isso que nós estamos na rua".

Além de colocarem nos discursos a revolta pelas quase 550 mil vidas perdidas na pandemia e a urgência do impeachment de Bolsonaro, oradores e oradoras também reivindicaram o auxílio emergencial de 600 reais, mais rapidez na vacinação, políticas públicas para as vítimas da Covid e rebaixamento do preço dos alimentos, entre outros pedidos.

Ao mesmo tempo, protestaram contra "a matança pelo vírus e a matança pela fome", contra o desemprego, a Reforma Administrativa, a venda dos Correios, a privatização da Petrobrás, a corrupção, o racismo, o machismo, a LGBTfobia e a xenofobia. Algumas lideranças também pediram solidariedade ao povo cubano, que sofre o "bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos", o que "significa uma dificuldade imensa para o Estado cubano manter relações econômicas com qualquer outro país".

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