Com a #forapelegadadostmc, Chapa 2 defende autonomia e formas mais combativas de luta; eleição acontece nesta quarta e quinta-feira

Chapa2 STMC IndependenteImagem: Divulgação | página da Chapa 2 - Oposições Unificadas

A Chapa 2 - Oposições Unificadas, que concorre ao Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas contra a atual diretoria, reafirma na reta final da campanha propostas que a diferenciam da Chapa 1. A eleição acontece nesta quarta e quinta-feira, 22 e 23/09, com cinco urnas fixas e urnas itinerantes nos locais de trabalho.

A primeira dessas propostas que marcam o diferencial da Chapa 2 é a de independência e autonomia do Sindicato em relação à Prefeitura. Falas de servidores/as de diversos setores da administração municipal, divulgadas pela Chapa 2, expressam o apoio à proposta, por meio de manifestações como: "Retomar o Sindicato, para a representação verdadeira da categoria, para as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público"; "Ter um Sindicato que nos defenda"; "Queremos um Sindicato que não seja um puxadinho do quarto andar".

De acordo com o material de divulgação da Chapa 2, a defesa da independência e autonomia, no entanto, está ligada a um conjunto de propostas intitulado "Democracia sindical", que reúne desde a redução do mandato da diretoria para 3 anos e a redução da mensalidade dos filiados até as formas de participação e representação dos/as servidores/as, assim como a condução das lutas por melhores salários e melhores condições de trabalho.

Sobre a democratização da participação e representação, são apresentadas as propostas de: congresso sindical trienal; democratizar a eleição dos representantes sindicais por unidade; assembleias e plenárias setoriais democráticas, em horários e locais acessíveis; criar estruturas para acolher crianças em todos os espaços do STMC; construir diretorias de combate às diversas opressões (machismo, racismo, LGBTQIAfobia); e rever, de forma democrática, com o conjunto da categoria, a filiação a quaisquer entidades sindicais.

Quanto às lutas salariais e por condições de trabalho das/os trabalhadores/as do serviço público, uma proposta se destaca: campanhas salariais e greves construídas pela e com a base. E o reajuste dos salários que, pelo menos, corrija as perdas com a inflação seria o reconhecimento que os/as servidores/as esperam, como declaram na página de divulgação da Chapa 2.

"Eu acredito que devia ter reconhecimento aos servidores, porque a gente está se desdobrando nesse momento e não tem nenhum tipo de reajuste", diz a auxiliar de enfermagem Eliana Leite. Para o professor adjunto César Cruz, o problema é a perda salarial acumulada: "nós temos visto que a perda salarial dos nossos trabalhadores é de pelo menos 20% da inflação somada dos últimos quatro anos, não tem nem dissídio".

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