A Prefeitura divulgou ações imediatas, enquanto o Conselho Municipal de Saúde publicou documento com análise do problema e propostas

Reuniao roubos CS 07 01Reunião do Prefeito com secretários e diretor do Deinter 2 - Foto: Carlos Bassan/Secom-PMC

Nesta quinta-feira, 07/01, a segurança das Unidades de Saúde foi motivo de reunião entre o prefeito Dário Saadi, o Secretário de Segurança Pública, Christiano Biggi, o Secretário de Saúde, Lair Zambon, a Diretora de Saúde, Deise Hadich, o Delegado diretor do Deinter 2, José Henrique Ventura, e o investigador da Polícia Civil Adilson Souza Rocha.

Após a reunião, a nota publicada pela Prefeitura informou que o Deinter (Departamento de Polícia do Interior de São Paulo) está agilizando as investigações. "Um dos envolvidos foi reconhecido e indiciado, e os trabalhos da inteligência da Guarda Municipal (GM) e da Polícia Civil continuam para a identificação dos demais", diz o texto.

Ainda segundo a Prefeitura, haverá "um esquema especial" da GM para os próximos dias, "intensificando o patrulhamento nas ruas próximas às unidades de saúde".

A implantação de sistemas de GPS nos computadores e a interligação das câmeras de monitoramento dos Centros de Saúde com a Cimcamp (Central Integrada de Monitoramento de Campinas) são outras ações em estudo por parte da Administração Municipal.

Sem "respostas simplistas", diz o Conselho
Em nota divulgada também nesta quinta-feira, 07/01, o Conselho Municipal de Saúde diz que vem acompanhando com preocupação "a onda de roubos a unidades de saúde" em Campinas.

"Estamos solidários(as), consternados (as) e indignados (as) com a situação, que justamente penaliza tanto esforço de equipar, qualificar e melhorar o atendimento à população", diz o texto.

No documento publicado em sua página na internet, o Conselho avalia que "a escalada de violência" não é só contra as unidades de saúde, atingindo também os/as trabalhadores(as) e usuários/as destes locais.

"Profissionais de saúde que são agredidos verbalmente, recebem ameaças de morte e, muitas vezes, são agredidos fisicamente. Há também, sabemos, queixas de usuários(as) que se sentem agredidos (as) quando recebem respostas grosseiras ou não são atendidos (as) adequadamente", relatam os/as conselheiros/as.

Para o Conselho, trata-se de um problema "complexo" que, portanto, não pode ter respostas simplistas. Mas, além das medidas de longo prazo para reduzir a violência "estrutural", propôe algumas iniciativas urgentes por parte da Prefeitura.

Entre as providências cobradas pelos/as Conselheiros/as, está a "colocação de câmeras, alarmes nas unidades e contratação de seguro contra roubo para equipamentos como computadores e outros que chamam atenção para furtos".

Tornar a Guarda Municipal mais próxima das Unidades de Saúde é outra medida proposta, "fazendo rondas com mais periodicidade e adentrando, várias vezes no dia, nos recintos das unidades, de modo a se vincular com o serviço".

De acordo com o documento, porém, esta proximidade não seria suficiente, havendo a necessidade de "vigilância nas 24 horas, 7 dias da semana em todos os serviços" e também de "melhora da iluminação pública ao redor das unidades".

Somando-se a isto, indica ainda que seja implantado um “serviço de inteligência permanente” para estudar e viabilizar outras ações, o que deve ser feito, segundo a proposta, por meio de uma "discussão com a Secretaria de Segurança e o Conselho Integrado de Segurança Pública e Defesa da Vida de Campinas".