Objetivo é dar suporte às representantes da sociedade civil no Conselho da Mulher, visando conseguir políticas públicas mais efetivas

Imagem: Divulgação | página do Comitê de Mulheres pela Democracia

Uma Roda de Conversa online nesta quinta-feira, 05/08, promovida pelo Grupo de Mulheres da Periferia, busca avançar no debate sobre a criação do Fórum de Políticas Públicas para Mulheres. Junto com isso, a proposta da reunião também é pensar ações sobre o aumento da violência e feminicídios em Campinas. Marcha Mundial de Mulheres, Comitê de Mulheres pela Democracia e Coletivo de Mulheres da CUT também estão entre as entidades e movimentos sociais que propõem a criação do Fórum.

De acordo com Lourdes Simões, Coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres (MMM-Campinas) e do Comitê de Mulheres pela Democracia, a proposta de criação do Fórum Municipal dos Direitos da Mulher já existe há muito tempo. Duas situações, porém, estão fazendo esse debate ser trazido com força neste momento: o aumento da violência e vulnerabilidade das mulheres e a necessidade de monitoramento das políticas públicas para mulheres.

Para Lourdes, a situação está "cada vez mais crítica em relação ao não atendimento às mulheres que buscam no poder público o suporte para o enfrentamento de múltiplas situações de negação de direitos". Ela explica que, a partir da pandemia, se evidenciou muito a questão da violência, mas junto com este problema existem outros, como a situação econômica, pois a maioria das mulheres está desempregada, e a questão da educação, em que as mulheres não têm apoio.

O papel do Fórum
"Será um organismo autônomo de mulheres organizadas em defesa dos direitos das mulheres, e terá um papel importante na relação com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, estabelecendo um diálogo no sentido da complementariedade, mas com autonomia de atuação", destaca a coordenadora da MMM-Campinas.

Lourdes lembra que o Conselho é composto por duas representações, a da sociedade civil e a do governo municipal, enquanto o Fórum será exclusivamente da sociedade civil. "Então a relação do Fórum com o Conselho é muito importante no sentido de subsidiar, de dialogar, de ajudar". Mas, na sua avaliação, ainda há "um longo percurso" pela frente, no diálogo e formação de consensos sobre o caráter, o modelo etc.

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