Vídeo com as "Mulheres do Axé" abriu a programação, que terá no dia 25 de julho homenagem às Mulheres Negras Profissionais da Saúde

Tereza de Benguela 11 07Tereza de Benguela comandou o Quilombo do Quariterê - Foto: Divulgação | página da Campanha Respeite Minha Fé

Uma programação para marcar o Dia 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e também Dia Nacional Tereza de Benguela e da Mulher Negra, foi iniciada neste domingo, 11/07, com o lançamento de um vídeo por vários grupos e entidades de Campinas. "A abertura das nossas ações será dedicada às nossas Sacerdotisas, Mulheres incansáveis que, assim como Tereza de Benguela, são consideradas nossas Guerreiras do Axé", diz o vídeo "Mulheres do Axé! Teresas Guerreiras".

Leci Brandão, cantora, compositora e Deputada Estadual, que faz a apresentação do vídeo, destaca que as Mulheres do Axé representam "fé, inteligência, doação, elementos necessários para garantir ânimo e autoestima" ao povo negro. Como "mulher negra de Axé", Leci diz que agradece por ser madrinha da Campanha "Respeite a Minha Fé", que vem sendo feita pela Associação de Religiosos de Matriz Africana de Campinas (Armac).

Na programação do 25 de Julho, além da divulgação do vídeo, onde são reverenciadas 13 Mulheres do Axé, também está prevista, para os próximos dias, a publicação de artigos escritos pelas “Pretas Talento”.

De acordo com a divulgação feita por Edna Almeida Lourenço, do Grupo Força da Raça, no sábado, 24/07, haverá uma live, às 11 horas, com o tema "Nosso Lugar de Fala: Educação, Cultura, Empreendedorismo, Justiça". No domingo, 25/07, também às 11h, será realizada a Homenagem às Mulheres Negras Profissionais da Saúde.

São responsáveis pela organização e realização das atividades: Grupo Força da Raça, Preta Ação, Casa de Cultura Fazenda Roseira, Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Comissão Organizadora da Cerimônia da Lavagem da Escadaria da Catedral Metropolitana de Campinas e D’Jumbo Moda Afro.

Tereza de Benguela
Segundo um histórico divulgado pelo portal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Tereza comandou o Quilombo do Piolho, que também era conhecido como Quilombo do Quariterê (atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia). "Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a líder do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas", afirma o texto.

No Quilombo do Quariterê, onde viviam mais de 100 pessoas, Tereza organizou um grande sistema de defesa e articulou a criação de um parlamento, "para decidir em grupo as ações da comunidade". O quilombo vivia do cultivo de algodão, milho, feijão, mandioca e banana. Ainda conforme o texto sobre a escrava que virou rainha, "Tereza navegava com barcos imponentes pelos rios do pantanal. E todos a chamavam de 'Rainha Tereza'”.

O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, dia 25 de julho, foi instituído no Brasil pela Lei nº 12.987, de 2 de junho de 2014.

Clique para assistir ao vídeo: MULHERES DO AXÉ, AS TERESAS GUERREIRAS!

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